A detenção de Jair Bolsonaro está gerando fortes sinais de alerta: segundo documentos apresentados pela defesa nesta quinta-feira (27), ele convive com uma série de problemas de saúde — e os advogados afirmam que o ambiente carcerário comum poderia agravar seu quadro.
Bolsonaro foi condenado em setembro a 27 anos e 3 meses de prisão por planejar um golpe de Estado após sua derrota eleitoral. Em 22 de novembro, foi preso preventivamente pela ordem de Alexandre de Moraes após tentar violar a tornozeleira eletrônica, o que resultou na revogação de sua prisão domiciliar.
Nos últimos pedidos da defesa ao tribunal, foram apontadas múltiplas comorbidades: problemas gastrointestinais crônicos, com cirurgias recentes; doenças pulmonares e risco de pneumonia; e um histórico de complicações cardíacas. Há também registro de internações frequentes ao longo dos anos.
Em um dos documentos, os advogados alegam que, se Bolsonaro for mantido em regime fechado num presídio comum, sua saúde estará em risco — sobretudo por causa da necessidade de cuidados médicos contínuos, exames regulares e medicações controladas.
Apesar disso, nesta quarta-feira (26/11/2025), o tribunal definiu que ele continuará preso: a pena e os requisitos de segurança (como risco de fuga) prevaleceram sobre o pedido de regime humanitário ou domiciliar.
A decisão reacende o debate — já intenso — sobre o tratamento de presos com problemas de saúde graves no Brasil. A defesa afirma que Bolsonaro precisa de “plantão médico permanente”; para críticos, a manutenção da prisão seria uma questão de justiça e segurança. A batalha jurídica e de narrativas está longe de terminar.

