Neste ano, dois cometas chamaram a atenção dos astrônomos na disputa pelo título de “mais brilhante do século”. O primeiro, C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS), conseguiu se destacar, garantindo, no máximo, a liderança da década. Já o segundo, identificado como C/2024 S1 (ATLAS), acabou frustrando as expectativas ao ser “engolido” pelo Sol e desaparecer para sempre.
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De acordo com a plataforma Spaceweather.com, o cometa ATLAS derreteu nesta segunda-feira (28) durante seu periélio, o ponto mais próximo do Sol, passando a uma distância de pouco mais de meio milhão de quilômetros da superfície solar. Durante esse processo, o objeto foi completamente obliterado pelo brilho intenso do astro.
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O cometa C/2024 S1 foi avistado pela primeira vez em 29 de setembro, aparecendo como uma penugem em imagens capturadas pelo Observatório do Sul de Schiaparelli. Coronógrafos a bordo do Observatório Solar e Heliosférico (SOHO) – uma colaboração entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) – registraram seus momentos finais. Em um filme, um disco opaco cobriu o Sol para bloquear sua luz, criando um eclipse artificial e permitindo que as câmeras da sonda observassem o objeto se aproximando do astro.
De onde veio o cometa ATLAS?
Há quase mil anos, um grande cometa se fragmentou em diversos pedaços de diferentes tamanhos, que têm orbitado o Sol em ciclos variando de 500 a 800 anos. Esses fragmentos, conhecidos como a família Kreutz, receberam esse nome em homenagem ao astrônomo alemão Heinrich Kreutz, que foi o primeiro a demonstrar a relação entre eles.
Os fragmentos da família Kreutz costumam passar perigosamente perto do Sol, aproximando-se a menos de um milhão e meio de quilômetros de sua superfície. O C/2024 S1 (ATLAS), sendo um desses pedaços, chegou a apenas 548,8 mil quilômetros do astro nesta manhã, onde foi exposto a temperaturas extremas e intensas forças gravitacionais, levando à sua total destruição.
O projeto ATLAS (Sistema de Último Alerta de Impactos de Asteroides com a Terra) descobriu o cometa em 27 de setembro, no Havaí, inicialmente identificado como “A11bP7I”. Após mais observações, foi confirmado como membro da família Kreutz. Houve grande expectativa, pois alguns cometas deste grupo desenvolvem caudas luminosas impressionantes após passar pelo periélio. No entanto, o C/2024 S1 (ATLAS) não sobreviveu ao encontro.
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