Uma nova suspeita de gripe aviária volta a assombrar o Zoológico de Brasília. Desta vez, um emu — ave de origem australiana e parte do plantel do Zoo — apresentou sintomas clínicos compatíveis com a doença, incluindo sinais neurológicos. Diante do quadro, a Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) decidiu sacrificar o animal e coletar amostras biológicas para análise laboratorial, seguindo os protocolos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
As amostras foram enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), em Campinas (SP), referência nacional em diagnóstico de influenza aviária. Enquanto o resultado não é divulgado, o zoológico permanece totalmente interditado, sem previsão de reabertura. A medida é preventiva e visa proteger não apenas os demais animais, mas também os funcionários e visitantes, evitando um possível surto no Distrito Federal.
Apesar de não haver, até o momento, sinais da doença em outras aves ou espécies, a Seagri reforça que a interdição é essencial para conter qualquer risco epidemiológico. O episódio reacende o alerta após o primeiro caso confirmado no DF, quando um irerê foi encontrado morto dentro do parque — embora não fizesse parte do plantel.
A população foi orientada a ficar atenta a sinais como pescoço tombado, tosse, espirro, diarreia ou morte súbita em aves, e a reportar qualquer suspeita pelo WhatsApp da Seagri.
O caso reacende o debate sobre a vigilância sanitária em ambientes com grande concentração de fauna e fluxo de visitantes, e levanta questionamentos sobre o tempo necessário para reabrir o zoológico com segurança. Enquanto isso, o clima é de tensão e expectativa.